sexta-feira, 9 de setembro de 2011

So alone



Estou correndo contra o vento. Ele bate forte no meu rosto. Vento frio. Tão frio que sinto queimar em minha pele – arde, queima, congela. Paro em um abismo. Pés escorregam, mas consigo me equilibrar. Olho pro chão; está tudo tão cinzento, não consigo enxergar a profundidade, a altura exata. Mais eu sei que é alto o bastante, se eu cair meu corpo cai firme no chão quebrando todos os meus ossos e espremendo todos os meus órgãos. Olho pra frente, lágrimas rolam pelo meu rosto sem cessar, meu coração sangra de dor, meus olhos estão vermelhos como sangue, meu corpo está fadigado, posso sentir toda a minha pulsação bater, quase me espancando, meu corpo treme. O frio é desgastante. Minha respiração ás vezes falha, respiro forte, mas meu peito dói tanto. Fechando os olhos lentamente, o vento gelado paralisa minha face, sinto todo o meu rosto paralisar. Quase não consigo ter nenhuma expressão. Me redimo à aquele momento, caindo de joelhos no chão. Eu não consigo chorar, minhas lágrimas não querem descer, mais meu coração chora tanto. Consigo sentir as lágrimas rolarem por ele, uma atrás da outra. Passando por cada cicatriz. Fecho os olhos com bastante força. Não consigo sentir nenhuma presença ali comigo, apenas o vento gelado bater no meu corpo quase me congelando. Eu estou tão sozinha!

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