sábado, 26 de novembro de 2011

As coisas andam fora do lugar


A grande filosofia, diz que não se deve correr atrás, pois o que é realmente nosso, nunca se vai. Conheci tantas pessoas, nesse meu caminho, mais sinceramente? Nada se compara a você. Tudo o que eu tanto almejei em alguém, em você consegui enxergar – mas como não correr atrás, persistir em algo que tanto o meu coração quer? É por isso que mesmo calada, no meu canto, meu coração insiste – insiste porque nada tinha lhe feito tão bem, nada tinha lhe feito bater tão forte quanto agora. Mas, você veio, foi e não voltou... E em meio ao meu silêncio, suplico-lhe: cuida de mim – enquanto não me esqueço de você, enquanto finjo, fujo. Meu querubim, quanta falta faz ao meu coração – não tem idéia o quão eu tenho esperado por você. E vou me perdendo no tempo – a sua espera. Às vezes, eu vejo que tenho que entender – pois ouço que você não vai mais voltar. Eu fecho os olhos pra encontrar você – quanto tempo faz? Não importa mais para mim, o tempo me deixou parada esperando por você. Eu tento ser capaz, de não olhar pra trás, de enxergar que existi outros mundos – mas, meu mundo ainda é você.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Que saudade amor.


Que saudade dele. Se ele soubesse a falta que me faz, não me deixaria por, um segundo, aqui, sozinha. Cada dia que passa, mais viva essa sentença: de não tê-lo mais por perto. O cheiro impregnou, o sabor ficou, o sentimento... Permaneceu. Que vontade daquela noite inesquecível, que poderia me proporcionar. Que saudade do seu toque ao me abraçar. Que falta que me faz, o brilho do seu olhar, reluzindo em direção ao meu. Que mania essa que fiquei de sentir-te perto de mim. Que vicio esse de sempre olhar para o seu retrato e imaginar milhões de vezes – você aqui perto de mim. Que vontade de te admirar – te olhando faceiramente – tocar meu peito no seu e fazer-te sentir meus batimentos cardíacos, alterando pelo simples fato de estar com você. Que saudade de sentir a respiração falhar, te ouvir falar, de sentir borboletas esvoaçarem em meu estomago. Só precisaria de um instante contigo novamente, e te mostraria... Que o que eu sinto é tão real. E se eu pudesse fazer um pedido, desejaria ter você comigo.

Um giro por ai, a fora

Cada passou que dou nessa estrada da vida – vejo o quão nós não aproveitamos nada dessa vida. Ou melhor, não usufruirmos da verdadeira essência que nos podemos degustar. Cada passo que dou – silenciosos – olhando cada rosto que passa por mim, quantas expressões. Dois rapazes a minha frente, um de mochila nas costas, brevemente um estudante – passadas ligeiras, sem muita expressão; olhando para o chão, passa rápido por mim, mal consigo decorar o seu semblante. Logo à frente, uma senhora com o celular no ouvido, passa rapidamente pelo meio da rua, e eu logo a estudo – socialmente uma pessoa normal, semblante de uma pessoa bem vivida, aparentemente bem. E assim vou estudando cada coisa que passa por mim, andando sem rumo, mas observando tudo a minha frente. E assim, ocupando minha cabeça e a esvaziando. E por cada rua que passo – decoro algo que acho interessante. Olhando cada folha que se meche nas arvores, a descida da calçada para deficientes, o verde da grama seca do teatro municipal. Logo mais a frente, o design dos casarões modificados pouca coisa, desde o tempo que a cidade foi fundada. E assim fui seguindo, desvendando tudo o que meus olhos viam. Como o ecossistema em si, é repleto de perfeição e ao mesmo tempo incompleto! O vento levanta mais meu cabelo a cada movimento brusco que dou – que fantástico – a brisa limpando cada gota de suor que sai dos meus poros, refrescando minha pele. A vida e suas facetas. Sozinha em meu caminho – nesse sentido: “sozinha” soa como algo bom (eu acho), nunca fui muito de andar em bandos, gosto de sair sozinha, esvaziar um pouco a cabeça, ficar sozinha comigo mesma, é sempre tão bom. Creio: que seja algo que todos, ou pelo menos deveriam gostar ou mesmo experimentar. O meu silêncio, muitas vezes é o meu melhor remédio – meu silêncio para a sociedade ao meu redor, mais um turbilhão de palavras, frases, imagens – sendo compartilhadas de mim para mim.  


Kaynara Marinho

domingo, 20 de novembro de 2011

Estarei aqui

Não sou a melhor pessoa, muito menos a mais intensa em alegria. Mas estarei aqui – do seu lado – bem do seu lado, quando a tristeza te invadir os poros, quando as lágrimas persistir em não cessar.
Estarei bem aqui – te mostrando um sorriso, afagos intensos – te oferecendo cor, dando-lhe sem precisar a troca.  

Transborda

Nunca fui de demonstrar meus sentimentos, mas dentro de mim vaza sentimentos por todos os lados, sofro em silêncio, falo com o sorriso e amo com o olhar.

Sede

Estou alucinadamente com sede de mudanças... Mas não quero tirar a poeira dos móveis, retirá-los do lugar, ou até mesmo desentortar-los. Quero desabitar meus hábitos, fazer uma faxina do meu interior.
 
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