sexta-feira, 30 de março de 2012

MESMO SE...


Mesmo se você estivesse aqui, você me deixaria. Como fez das ultimas vezes que nós tentamos. Mesmo se eu não estivesse aqui, você não me procuraria – como tem feito todas às vezes. Você reclama que eu não falo, e toma iniciativas um tanto quanto infantil. Você não muda, ou melhor, dá dez passos a frente e cem para trás. Mas e se...? Você nunca se perguntou? Porque de alguma forma, eu estou sempre por perto – mesmo, distantes. Você nunca deve ter pensando no fato de me perder, até o dia que mostramos um para o outro, um não. Deixamos para que o tempo, falasse por nós – que o mestre tempo, mostrasse, caminhos verdadeiros. MAS E SE você tivesse a chance de me ter de volta? E MESMO SE você me implorasse, eu não voltaria. (Não no momento). MAS E SE eu voltasse pra você? Seria a mesma coisa que foi? Você prometeria mudar completamente? Ou seria, amor por alguns meses e depois, viraria rotina? Ou simplesmente, você tornaria amoroso na minha frente e por trás sacana? E sabe, MESMO SE você me quisesse de volta, por toda a minha burrice, eu até poderia dizer-te um sim, mas teria regras, teria que mostrar o oposto que é. MAS SE por acaso você vier... Que venha com a mesma intensidade da primeira vez, com todo o clima como foi no nosso primeiro beijo em frente a minha casa. Porque MESMO SE você me quiser, eu não quero parte de você, alguns meses de você... Te quereria pra vida toda. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Com o vento

Quando se esta com o coração machucado, tudo o que se mais quer, é que chegue logo ao fim. O fim – da dor, das angustias, das mentiras, dos amores não correspondidos – de tudo. Às vezes acabamos com vontade ate de matar a própria esperança. Mas na vida tudo acabar... Até a dor. E renovemo-nos de folhas novinhas, brancas sem nenhum rabisco. E as rabiscadas jogam-se fora – deixando com que a brisa as leve e assim rezando para que, o vento que logo virá traga esperanças e renovações límpidas. E se não vier – e não conseguir ser forte o bastante – não há problema, nem sempre é preciso tornar-se forte. Temos que respeitar nossas fraquezas. 

Mestre caprichoso


O tempo nem sempre cura tudo. Algumas feridas cicatrizam, mas ainda há algumas que insistem em latejar quando o dia esta nublado. O senhor tempo ajuda-nos, a saborear melhor dia após dia – isso sendo na alegria ou na tristeza. Tempo, um mestre caprichoso – nos ergue, nos mostra a verdadeira essência de cada minuto, minuciosamente. A ele, o tempo de amar, de renovar, de reviver... E assim são feitos os dias, minuciosas passadas, pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças. Consigo vindo; momentâneos lampejos, doses amargas, de mágoas sombrias, ou até mesmo, antídotos, de vagas felicidades, inatuais esperanças; de dias melhores, de ares frescos, de sorrisos alegres. O tempo então passa, mesmo quando tudo parece impossível, mesmo quando cada batida do ponteiro do relógio, arduamente dói como sangue pulsando sobre um hematoma. Entretanto, passa. De modo inconstante; como guinadas árduas, estranhas. De calmaria arrastada – mas, passa. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Deve existir um rio são só pra mim...



Apenas, queria que em algum canto do mundo – escolhesse a mim. E simplesmente me abraçasse e solenemente dissesse, que está tudo bem, que é normal, de vez em quando eu perder o equilíbrio assim. Queria apenas, que existisse um canto no mundo – que arduamente deixasse-me ficar quietinha, quente, quando todo o resto do mundo resolvesse me magoar. Naturalmente em alguns breves momentos, sempre decidimos de alguma forma nos interiorizarmos, para conversarmos um pouco conosco – assim um tipo de comunicação introspectiva para adornar-nos. Solidão nada mais é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma... E pararmos para pensar no que deve ser bom ou ruim para nosso interior. E tudo que queria, era um rio são só pra mim. Um rio solene, mágico, disposto a deixar-me, cuidar, aninhar e deleita-me diante de ti e senti-lo apenas só para mim, sem precisar dividi-lo com mais ninguém. Assim, singelamente serei somente sua... Sem porquês, nem pra quês, apenas assim, um do outro. Muitas vezes, precisamos mais do que nos dão. Apenas, queria um céu para contemplá-lo, ser para ele o aconchego de todo o nascer do sol a chegada da lua. Um pouco de mar – abraçando-me por completa, protegendo-me sem ao menos precisar falar tanto. Banhando-me com tal deleito – que ficarei assim, pra sempre e sendo cuidada e cuidando, fazendo com que a reciprocidade seja válida, notória. Persistirei, até o momento que encontrar o que de fato, será são só pra mim.

terça-feira, 13 de março de 2012

Cry.. Rain


Ateei-me, nas medíocres lembranças. Cintilante a noite começa a vir, o ar frio começara a pairar – por alguns instantes minha pele arrepiava. Somente a pele, pois, meu coração já se encontrava em um frio imensurável. O chão molhado mostrava o quão frio a noite iria ser; a chuva tinha acabado de cessar. As luzes começavam a ascender, o crepúsculo começaria a vir a qualquer momento. Sentei-me no primeiro banco que avistei ali próximo, e fiquei ali por longos minutos. Por algum momento não conseguia me concentrar em nenhum pensamento, eram tantos – minha cabeça não parava. Eram turbilhões de imagens, palavras atormentando-me. Sentia-me quase sufocar com tudo aquilo. “Senti o celular vibrar no bolso” uma mensagem... Mas ao ler, respirei fundo decepcionada – era uma breve mensagem de um amigo. Não tive nenhum pouco de vontade para respondê-lo, enfiei-o novamente no bolso. Minha expressão de decepção e tristeza foi ainda maior. Esparramei pelo banco, e fiquei ali a olhar o céu entre nuvens – de vez em quando, respingava algumas gotas de água pelo meu rosto, que descia pela minha face junto com uma, ou duas lágrimas, que escorria sobre o mesmo. Eu esperava ainda, mesmo com pouca esperança, de que alguém que eu espero tanto venha a me procurar – mais que esperanças mais sem fundamento essa minha. Mas eu as tinha. A rua começava a ficar deserta – o movimento começava a diminuir, e eu continuava ali, de alguma forma tentando achar uma solução para aquele meu estado. Sentia-me vazia, tão, quão aquele momento, sentada ali. Em resposta ao meu estado – a chuva começou a chorar comigo, os pingos cada vez mais fortes, demonstrou-me como eu estava. Levantei-me fraquejando, e segui em frente, pausadamente. Em alguns momentos fechando os olhos e levantando minha cabeça para cima – sentindo o céu chorar sobre minha pele.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Quase você.



      Tinha olhado de relance, então por via das dúvidas o olhei novamente. E é que ele era tão, mas tão, parecido com ele. Todo o seu semblante, textura dos cabelos, o formato das sobrancelhas, os dentes, a altura, os olhos, tudo mesmo. Tão genuinamente e despretensiosamente igual, e algo dentro de mim soou, algo em mim quis que fosse mesmo, outra chance, outro jeito de eu ter de novo, algo de alguém perdido de mim. E comportei-me igual, pra ver se a história se repetia e logo lá no fim eu faria diferente para não acabar e só assim continuar sendo o que deveria ter sido desde a primeira vez. E então, procurando desesperadamente a morte que fomos há tempos, para que o mesmo luto que eu carrego, não venha a se descarregar outra vez. Solenemente, um sinal de que, por favor, era possível achar uma cópia fiel, ou outro fator como, ele em outra pessoa, de novo, só mais uma vez, uma única próxima vez, para que a paz de tê-lo novamente reine e desfigure todos os meus remorsos e saudades. Era a mesma feição, mesmo expressão, o mesmo tom de voz. Serenamente eu quis que fosse ele – por inteiro, por completo. Destreinadamente fiquei, a admirá-lo, de alguma maneira eu o via perante aquele rosto, talvez fosse meia loucura da minha parte, então, foi a que eu quis matar o que era; para conseguir renascer o que foi. Eu quis a morte, logo o recomeço, eu quis assim, apenas, ele de qualquer jeito, por cima desses falsos amores, aos quais venho a me propor a qualquer custo, para que assim consiga tapar esse rombo imensurável de faltas que me consome e que de maneira alguma consigo me acostumar. Eu fujo mil vezes, volto mil e uma vez, na humilde esperança de não pensar e assim pensando, que esse passado é esse chão que enterra as alegrias as quais nem ao menos senti. Que ironia, ele era quase você, por ser quase, discordei de tudo que havia dito, e então, não foi, não fomos. Morremos. Umbrosamente, mais uma vez. 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Essa é de mim para ele.

   
  Talvez seja uma sentença gostar dele. Talvez isso seja um dos tantos obstáculos que surgira em meu caminho. Ou apenas talvez, um momento propício que devo passar. Realmente não consigo chegar a nenhuma conclusão. Apenas, sei que realmente amar e não ser correspondido é um ato cruel. Feridas abrem dentro de nós – como crateras profundas, arrebatando-nos de maneira desagradável. Mas o que fazer com essa saudade que insisti em não cessar? – Preciso de alguma forma abrir meu coração, contar verdades sobre mim – mais simplesmente amor não se pede, imagine só. Mas, imagine só, que eu morro de vontade, de jogar tudo para o ar e apenas ir encontrá-lo não me importando com mais nada – mais que ironia essa minha, eu nunca farei isso. Enquanto ele comigo não decidir ficar, mesmo aqui quase esmagada sem a presença dele, mas amor não se pede, é uma pena – é uma pena estar com o coração inchado de amar sozinha, ter os olhos inchados de amar sozinha. Sempre com o mesmo semblante altista de quem sozinha sonha. Infelizmente não dá pra ligar pra ele, apesar de dá uma vontade enorme, e simplesmente dizer: Poxa, to sofrendo aqui, será que não dá pra parar com essa estupidez, e vir logo resolver meu problema? Mas amor não se pede, e isso dói. Dói porque de alguma forma, toda a leveza foi embora, por alguma razão, se está vazia. É triste ver o sol, e com ele as manhãs serem tristes também, pois prometem mais um dia sem ele e mais tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar e não sentir aquele cheiro, o qual te invadia alma à dentro. É triste amar tanto, e tanto amor não ter proveito – tanto amor, querendo fazer alguém feliz, querendo escrever uma história, mas no final de tudo, só escrevo esse texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa, e mais ainda saber que não dá para comprar, substituir, implorar... Esquecer. É triste lembrar como eu ria com ele. É realmente, amor não se pede. Amor se declara, e talvez esse também tenha sido meu erro, não o declarei. Mas sabe de uma coisa? Ele sabe... E se não sabe, se ele vier... Ele saberá. 

sábado, 3 de março de 2012

which is to be


Nunca o tinha chamado de “amor”, na verdade nunca o tinha demonstrado totalmente o que sentia. E isso o fez se afastar, deixando-a triste, mais sabia que a culpa de alguma forma mesmo que mínima, era também sua. Enquanto esteve por perto, fez a diferença; soube ter paciência quando fui morna, soube me fazer sorrir, quando quis chorar – escutou em silencio o meu silencio de palavras, enxugou minhas lágrimas quando encostei minha cabeça em teu peito, fez-me despertar um sentimento singelo e enorme dentro de mim. Foi especial em momentos tristes e normais – foi o meu sorriso, mais alegre. Dentro desse tempo, afastados – de algumas formas tentou esquecê-lo, reviver outros amores, conhecer novos horizontes, sentir novos sabores – mas de alguma forma sempre acaba revivendo o cheiro, o sabor dele.  A brisa do vento sempre trás algumas lembranças, mas nunca o trás de volta. Muitas coisas; aprendeu. Aprendeu aquilo que ele tanto pedia – a ser mais carinhosa, á amadurecer de dentro para fora. O tempo, um mestre caprichoso – sempre nos mostram soluções precisas, então, confio minha sorte ao mesmo. E se essa distancia, for á solução – não interromperei, o destino saberá realmente o que é melhor para os dois corações, o tempo será o antídoto para curar cada cicatriz, ou unir ambos. o que fora de ser – será. Então, deixo-o assim, o que pra ser, vigora.

sexta-feira, 2 de março de 2012

suddenly


De repente a sua alegria passou – parecia que estava predestinando algo, pudera. Sentia-se indisposta, pensamentos longes, concentração zerada – de todas as formas seus pensamentos tinham um percurso central. Não queria mais pensar, mas como controlar? Eram persistentes, inadequados – sacanos; mas gostava. Divertia-se, alucinavam-na, enchiam-na de saudade ao mesmo tempo. Lembrava-se dos tempos bons, onde eram abraços, beijos, carinhos trocados intensamente – então sentiu uma pontada fina no coração. Assustou-se. E quando logo tornou, olhando diretamente seu rosto em frente ao espelho, percebeu. Chorava. Lágrimas rolavam pela sua face destreinadamente. Seu coração ainda estava preso as lembranças, ou melhor, estava preso aquele sentimento – é complicado tirar da cabeça quando já se encontra em um estado totalmente preenchido. É difícil mesmo sabendo que o espaço que tem dentro do seu coração (tão enorme), não seja o mesmo dentro dele.

Exception


Ele era a única exceção para ela. Ele era o ponto primordial para todos os seus sonhos de consumo – mas por ironia do destino, ele se fora de uma rapidez, que a deixou desnorteada. Ela o amava – isso nunca tivera nenhuma duvida, mas seu jeito ríspido, o assustou – sabia e demonstrava ter um coração um pouco duro, as amarguras do passado não a deixaram completamente em paz, talvez o medo de machucar-se sempre a fazia se sentir assim, e por isso separava-se de tudo que podia lhe fazer feliz. Expiro e inspiro; profundamente, pausadamente, pois tudo o que me relaciona com esse sentimento, meche conspiradamente comigo – insanamente perco-me em pensamentos (inevitável não pensar), e o coração continua assim, perdido – entre a saudade, o medo e a razão. Apesar de tudo, acredito hoje que; tudo tem seu tempo certo para acontecer – e se for da vontade do criador, de alguma forma, cedo ou tarde voltarei á encontrá-lo... Desde então, tem-se sentido muito a falta do que ele começara a representar pra ela, a companhia, os sorrisos, os carinhos trocados – e agora ela fica a pensar – será que foi também a exceção para ele? 
 
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