De alguma forma eu sempre o tive
aqui dentro de mim. Isso eu neguei a mim mesma por muito e muito tempo – mirei outros
olhares, outros sabores, outros momentos. Mas toda vez, de alguma forma,
acabava comparando a você – quando não era eu, ou outras pessoas me lembrando
você. Por muito tempo eu calei meu coração, e o sentimento sufocou por dentro. Quantas
partidas, voltas. Quantos afagos, desentendimentos. Quantos sorrisos, lágrimas.
Quantos abraços, devaneios. Quantas palavras ditas, outras silenciadas. Quantos
momentos únicos, outros perdidos. Motivos para não o procurar nunca me
faltaram, mas, os motivos para te querer por perto, sobretudo, sempre falou
mais alto. Você some, e de repente reaparece, ou simplesmente, eu o procuro. E dentre
tantos motivos para querer-te longe, sinto-o cada vez mais perto dentro de mim,
mesmo cada vez distante, vivendo em mundos opostos. Dentre as vezes que nos
olhamos o meu silêncio sempre se faz presente, mas quero que saibas, que neste
meu silêncio, se escondem sentimentos que você jamais poderá medir –
precisamente hoje, o mesmo esteja surrado, mas a cada vez que o vejo, a cada
batida enigmática do meu coração, eu sinto, sim surrado... Não acabado.
sábado, 5 de maio de 2012
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