sexta-feira, 22 de junho de 2012

Perfume de bons momentos



São as lembranças, os bons momentos, paixão que ficou no ar. Os olhos, a boca, os abraços, o cheiro impregnado na roupa. Foi ventania, brisa fraca – que passou e deixou saudade. Ficou só à vontade. Então, parei lembrei, desse sentimento, sempre de vez em quando – quando fechar os olhos, o coração padece. E tem sido presente em pensamento, desde o dia que pude revê-lo, passa um filme na cabeça, será coincidência ou o destino fazendo exigência. Aquele rosto parado na minha frente, não me dava chance para pensar em nada, quando mais eu fujo mais eu acabo me entregando mais. O abraço aconteceu – por um minuto pude sentir, um momento que não teria fim, por mim seria a eternidade. O perfume, pude sentir – aquele cheiro inesquecível, então viajei nos seus trejeitos. Foi quando aqueles braços me soltaram, e aquele cheiro ficou pele a pele. O tempo passa, o mundo gira, pessoas surgem em nossas vidas, mas, minha loucura chegou ao ápice (saudades eu sinto). É fresca, é suave uma fragrância que transmite uma sensação de conforto e leveza – e assim o cheiro que não consigo parar de sentir. E bate a carência, o coração vai padecendo, o cheiro perturbando a consciência.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lembranças em meio ao silêncio



Olho sua foto e a sua lembrança, me consome. E logo um aperto dentro do peito, re-surge. Sinto sua falta – isso é nítido dentro de mim, mesmo depois de tanto tempo. Desde que nos distanciamos, tento dizer-me a mim mesma que é passado, que deves ficar lá. E viver outro amor como antídoto para preencher o vazio que você deixou; sempre ouvir dizer que só se cura um amor com outro amor. Mas, há se soubesses quão é grande a saudade que senti quando tive de vez por todas tentar tirar você de mim. Ah coração, se você soubesse o quanto eu te desejei comigo, o quão foi grande o meu carinho por você – mas ai, tudo se desfez e nosso desencontro foi maior. E as lembranças apenas, ficaram; em meio ao silêncio sigiloso – sem ruídos, sem ao menos palavras soadas ao vento. E como uma brisa leve e fresca – lembrei de ti hoje – tão vivo, mais tão sonolento aqui dentro. As lembranças, os momentos, as lágrimas; jogados ao vento. E o silêncio habitou de vez – em teu silêncio ouço minha voz pedindo a gritos; amor. Com gosto te daria tudo, com gosto aceitaria viver ao teu lado. Sonho ao teu lado, mas de repente chega à obscuridade que me acorda e assombra meu coração. Guardo um raio de esperança – aqui comigo.

domingo, 10 de junho de 2012

O que mais fere



O que mais fere – é essa ausência. É essa idéia de deixar um pouco solto, pois assim acaba sentindo falta. Que Ideia estúpida! É isso que fere, e que trás os pensamentos ruins, as incertezas. Porque deixar o outro pensar, que: “será que está pensando em mim?!”; “onde será que ele está nesse momento?!”; “será que realmente gosta de mim?!”. Que estupidez tudo isso. As pessoas tendem a ser fracos nessa maneira, a fazer com que o outro fique em duvida, e acredita que isso é bom. Mal, sabem o quão isso é angustiante – o quão isso machuca e deixa o outro em incerteza, inseguro. Porque não: “É, ele gosta de mim.. E eu também!”; “Ele está onde me falou, e está pensando em mim!” – Isso é tão mais satisfatório, tão límpido para o coração. Não cabe lugar para a incerteza, e ajuda o coração a ficar em paz, a se apaixonar com tranqüilidade. Alguns vão discordar, outros vão me aplaudir – mais quer saber, eu mesma vou aplaudir. Pois é isso, que eu tenho procurado todo esse tempo. Por alguém, que não me deixe na incerteza, na insegurança – tantos relacionamentos desgastantes pelo simples fato de que me senti insegura, senti uma pontada de não querer, e que no final depois da minha forte intuição, de fato aconteceu como previsto. Meu forte não é o romantismo – isso meio que me enjoa. Tão mais saboroso ser surpreendida (o). Nada de muito clichê – como esperar a amada a porta com um buquê de flores – e sim, surpreende-la com algo inusitado. Ou até mesmo, surpreende-la com palavras em momentos, nada especial, como algo não predestinado e sim porque deu vontade. O que mais fere – não é uma briga por coisas banais. E sim, fazer-se ausente em meio ao sentimento nascendo. É acreditar que a (o) deixando sentir saudades absurdas – vai a (o) trazer de volta. O que mais fere – é sentir um sentindo tão forte e tanto não poder ser retribuído. 

A lembrança do sentimento



Existiu sentimentos dentro de mim, que jamais pensei um dia sentir. Foi algo como surreal – sentir borboletas esvoaçantes no estomago, soar frio, sentir o coração bater mais forte e lento ao mesmo tempo, sentir ao abraçar o mundo em seus braços; e o tempo parar naquele momento. Parece um pouco clichê, mais foi exatamente assim. Não, não foi o primeiro amor, nem muito menos, o que durou... Mas foi o que mais marcou. O que até hoje lembra com satisfação. Mas por causa das circunstâncias – não teve de durar. Foi ao mesmo tempo uns dos que mais machucou. A ausência machuca, a saudade é torturante. Pensamentos bifurcam a cabeça, a dor de não poder abraçar esse sentimento é ainda maior. Quão grande poderia ter sido esse sentimento – porem, quando ele quis desabrochar, alcançar vôo – algo o interrompeu. E apenas, ficou; as lembranças, o sabor, a vontade. Um ponto final, sem fim. Uma ida, sem o adeus – não da parte dela. E isso no final de tudo, foi o que mais bagunçou.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Enquanto o vento sopra




E as flores começam a cair novamente. O vento frio passando pelas frestas da janela entreaberta; consigo ouvir o sussurro do vento – nitidamente. É algo tão frio, pouco a pouco, fazendo-se; assim as folhas mover-se. Quão bom a sensação tocando a pele – mas logo chegando ao coração. Não é o inverno, e sim o outono já nos dando a sua graça. O toque sublime, inspirando harmonia. As lembranças a vir – mas por ironia e grande satisfação, não veio as lagrimas. E sim, respirações profundas de momentos que foram bons, mais que decidiram por fim, ficar no passado. Dando-me espaço, para novas lembranças das quais vive ontem, viverei hoje – que lembrarei amanhã. O verso foi dito, o olhar seguido do silencio, a oportunidade vivida e perdida.  Renascemo-nos assim como o vento, assim como as plantas, como um grande dia ensolarado – não deixemos as frestas entreabertas, escancaremo-nos nossas portas para um respirar latente, um viver cheio de graça. Não esquecemo-nos o poder do foco, força e da fé. Foco – de um horizonte certo sem precisar olhar para trás. Força – para quando tropeçarmos não nos permita-nos; derrear, e sim sermos fortes o bastante para equilibrarmo-nos. E Fé – para que tudo valha à pena, fé no criador, fé nos nossos princípios, fé naquilo que acreditamos; fé para que o foco e a força sejam nossa fortaleza.
 
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