terça-feira, 20 de março de 2012

Mestre caprichoso


O tempo nem sempre cura tudo. Algumas feridas cicatrizam, mas ainda há algumas que insistem em latejar quando o dia esta nublado. O senhor tempo ajuda-nos, a saborear melhor dia após dia – isso sendo na alegria ou na tristeza. Tempo, um mestre caprichoso – nos ergue, nos mostra a verdadeira essência de cada minuto, minuciosamente. A ele, o tempo de amar, de renovar, de reviver... E assim são feitos os dias, minuciosas passadas, pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças. Consigo vindo; momentâneos lampejos, doses amargas, de mágoas sombrias, ou até mesmo, antídotos, de vagas felicidades, inatuais esperanças; de dias melhores, de ares frescos, de sorrisos alegres. O tempo então passa, mesmo quando tudo parece impossível, mesmo quando cada batida do ponteiro do relógio, arduamente dói como sangue pulsando sobre um hematoma. Entretanto, passa. De modo inconstante; como guinadas árduas, estranhas. De calmaria arrastada – mas, passa. 

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