terça-feira, 13 de março de 2012

Cry.. Rain


Ateei-me, nas medíocres lembranças. Cintilante a noite começa a vir, o ar frio começara a pairar – por alguns instantes minha pele arrepiava. Somente a pele, pois, meu coração já se encontrava em um frio imensurável. O chão molhado mostrava o quão frio a noite iria ser; a chuva tinha acabado de cessar. As luzes começavam a ascender, o crepúsculo começaria a vir a qualquer momento. Sentei-me no primeiro banco que avistei ali próximo, e fiquei ali por longos minutos. Por algum momento não conseguia me concentrar em nenhum pensamento, eram tantos – minha cabeça não parava. Eram turbilhões de imagens, palavras atormentando-me. Sentia-me quase sufocar com tudo aquilo. “Senti o celular vibrar no bolso” uma mensagem... Mas ao ler, respirei fundo decepcionada – era uma breve mensagem de um amigo. Não tive nenhum pouco de vontade para respondê-lo, enfiei-o novamente no bolso. Minha expressão de decepção e tristeza foi ainda maior. Esparramei pelo banco, e fiquei ali a olhar o céu entre nuvens – de vez em quando, respingava algumas gotas de água pelo meu rosto, que descia pela minha face junto com uma, ou duas lágrimas, que escorria sobre o mesmo. Eu esperava ainda, mesmo com pouca esperança, de que alguém que eu espero tanto venha a me procurar – mais que esperanças mais sem fundamento essa minha. Mas eu as tinha. A rua começava a ficar deserta – o movimento começava a diminuir, e eu continuava ali, de alguma forma tentando achar uma solução para aquele meu estado. Sentia-me vazia, tão, quão aquele momento, sentada ali. Em resposta ao meu estado – a chuva começou a chorar comigo, os pingos cada vez mais fortes, demonstrou-me como eu estava. Levantei-me fraquejando, e segui em frente, pausadamente. Em alguns momentos fechando os olhos e levantando minha cabeça para cima – sentindo o céu chorar sobre minha pele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
;