quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Chove chuva.



Chuva que agora cai, molha cada misero pedaço do mundo lá fora. E fico aqui observando os pingos pela vidraça. Sinto que cada gota, cada pingo que agora cai, são as gotas de minhas lágrimas. Pois, por dentro estou assim, me inundando em gotas de lágrimas. Meu interior está vazio, sentindo carência de todo tipo de afeto. Pensei já ter passado por muita coisa, mas hoje vejo que estamos arriscados a sofrer cada vez mais de acordo que o tempo vai passando. E hoje estou assim, fraca. Coração em cacos. Sentimentos a flor da pele. Sensação de perda (mesmo não sabendo se cheguei a ganhar alguma coisa, ultimamente). E observando esses pingos de água límpida – que agora limpa todo esse chão sujo, lavando os becos imundos, inundando os esgotos onde as pessoas insistem em jogar os lixos; dando vida as plantas que estão secas com a quentura, banhando as aves e animais que se deliciam com a pureza da água. Vontade de sair correndo pela porta da frente, me deliciar nessa chuva e ver se ela limpa todo o meu exterior e quem sabe o meu interior. Que tanto se encontra fragilizado. Receoso. Machucado. Enfim, preciso de uma limpeza interior. Quando penso que “dessa vez, vai dá certo. Dessa vez, tudo está correndo bem”, algo vem e me mostra que não, não é dessa vez. Mas, por quê? Eu não consigo compreender. Eu não sou uma má pessoa (bem, acho que não sou), sou uma humana normal, com meus problemas normais, com pecados assim como todos tem. Mas porque, sempre quando tudo parece está certo, de uma hora pra outra tudo muda? Eu só queria compreender, somente. Meus olhos estão secos de lágrimas, mas meu coração está choramingando assim como essas gotas de água cai lá fora. Sensação de que ele está do tamanho de um grão de areia, quase sumindo, diminui a cada dia que passa. Ele chegara a pensar em bater mais forte, ou melhor, chegou a bater com vontade quando sentia a presença de alguém especial, porém, desde que tal pessoa sumira, ele fora fraquejando, fragilizou novamente e está assim, batendo apenas, por bater. Sentimentalmente está sem vontade de nada, apesar do meu coração órgão está bem. Não irei mentir, que já não sou mais a mesma pessoa desde que o conheci, e não sou também mais a mesma desde que ele se fora. Meu humor mudou, meu dia a dia virou apenas, rotina. A mesma mesmice de sempre, sem novidades, sem motivações. Um dia escutei de um psicólogo (não lembro o nome), ele(a) dissera, que o erro do ser humano era abrir a boca e dizer, que depende do outro para viver. Ok, isso pode até ser errado, mas o que fazer quando o coração se encontra apaixonado e o único que nos fazem bem é a pessoa amada; o que fazer quando ele se vai (mesmo informando que volta), o que fazer quando a saudade é tão intensa, que chega a machucar? O que fazer quando seus pensamentos é apenas Ele, e mais ninguém? Talvez, nenhuma dessas perguntas, terá respostas. Pois, quando estamos em um estado emocional, de paixão ou amor, não ligamos se estamos, dependente do outro, tudo o que queremos é apenas a presença Dele e mais ninguém. Porém, que medo de não te procurar e você me esquecer; medo de não te encontrar, e por isso te perder; que medo de não saber nunca o que fazer, e assim seu coração nunca me pertencer. Quanto medo. Medo de mim, medo de você. Medo disso tudo. Porem, dizem que quando você almeja muito algo, a primeira coisa que tens a fazer é acreditar nela. Então, eu acredito. E sei, que mesmo que o vestígio do sol estiver longe, há sempre uma brisa suave que entra pelas brechas da janela. E mesmo com o coração assim, sei que o que tiver de ser, será.

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