domingo, 14 de agosto de 2011

Apenas uma carta.



Casualmente dia normal. Madrugada de domingo. Ela coração quebrado, dilacerado. Mas uma vez acreditara em palavras – só que não se lembrou, que ás vezes as palavras o vento carrega e fica apenas o vazio. Mas acreditou nelas e ficou assim, com o coração na mão, quase parando não mais suportando mais uma decepção. Mesmo com tudo isso, ela o amava muito. Pouco tempo juntos, algumas semanas, mas fora o suficiente pra ele marcar o seu coração. Mas ele não estava mais com ela, sem muitas explicações se fora. Então Ela ficara em seu canto com o coração sagrando de dor, sua ausência era torturante. Passaram-se dias e Ela continuava a ter Ele em seus pensamentos. Não tentara tirá-lo da cabeça, pois, sabia que seriam, tentativas inúteis, preferia guardá-lo dentro de si, para assim o tempo curar essa constante dor que a dominava. Porém, essa madrugada não conseguira dormir, por quê? Ele em seus pensamentos, então começou a sentir agoniantes apertos no coração. Deitava na cama – virada de um lado para outro. Levantava-se. Perambulava de um lado para outro em seu quarto. Foi á cozinha – bebeu um pouco de água. Retornou a cama. Deitou-se. Após alguns minutos não conseguia dormir, pensamentos perturbavam sua cabeça. Então mas uma vez, levantou-se mais dessa vez,. Foi em direção a escrivaninha. Pegou um pequeno caderno, tirou uma folha e uma caneta e resolveu escrever:
– Não sei o que há comigo, passaram-se dias, e eu continuo a pensar em ti. Tão constantemente quanto no começo. Não sei o que fizestes comigo, mais não consigo tirar-lhe dos meus pensamentos. Isso me atormenta. Não estou o culpando, talvez me culpando – não sei. Passei por cima de todas as minhas juras – e entreguei meu coração a você, sem exageros. Não quero te assustar, mas preciso te dizer nem que seja por essa carta (talvez nem o entregue, apenas escreva aqui e guarde no fundo de uma gaveta, mas preciso desabafar). Eu estou perdidamente, apaixonada por você. Eu não sei mais pensar em mais ninguém a não ser em você. Mas você não está aqui – eu fracassei na tentativa de tê-lo aqui comigo.  E isso me deixa cabisbaixa, pois, desde que o vi pela primeira vez, mesmo quando você nem sabia de minha existência, eu já sabia da sua. Eu o observava sempre que o via, passando pela minha rua, ou na rua vizinha. Observava cada passo. Pensava muitas vezes: - Será que um dia terei a possibilidade de conhecê-lo? Será que ele um dia saberá da minha existência? E meus pedidos foram atendidos, nos conhecemos, mas você não ficou aqui comigo. Mas, eu não me arrependo de tê-lo conhecido, de ter ficado contigo por alguns instantes, foi tudo muito intenso e vou levar essa experiência pra sempre comigo. Vou sempre lembrá-lo daquele que por poucos dias, soube me mostrar em pequenos detalhes uma alegria imensa. Fez meu coração disparar, me fez sentir as tais borboletas no estômago, fez-me sentir algo tão intenso, algo que eu jamais tinha experimentado coisa igual. Você, foi único pra mim, poderia ter sido muito mais... Mas, acredito que tudo na vida tem um “porque”, e se era pra ser assim, eu irei aceitar. Mas fique sabendo, jamais teria desistido de você. Tentaria fazer da sua vida a minha e vice-versa, aceitaria seus defeitos, aceitaria você, do jeito que és e tentaria todo dia compreende-lo e fazer-te feliz. Traria o sol para iluminar seu dia sombrio se pudesse, buscaria as estrelas do céu para junto com a lua iluminar seus passos em noites escuras. Daria os melhores abraços em noites frias, para te aquecer, molharia seus lábios com os meus quando sentisse sede. Confortaria seu coração com minha presença e diria ao pé do seu ouvido com a mão no lado esquerdo do seu peito: Eu estou aqui. E ficarei sempre, até o dia que quiseres... Enquanto meu coração, bater forte por ti, estarei aqui. Cuidarei de ti e te amarei só enquanto esse imenso sentimento existir dentro de mim. (Pausa para suspiros)...
Então ao acabar de escrever as ultimas palavras. Olhando para o papel. Lágrimas constantes deslizaram pela sua face. Coração sangrando. Levantou-se, com a folha em uma de suas mãos. Deitou-se novamente em sua cama. Cabeça encostada no travesseiro. Postou a carta no meio de seus seios. Suspirou forte. Fechando os olhos lentamente. Apenas uma lágrima desliza pelo seu olho, molhando lentamente a lateral de sua face. Apertando o papel contra seu peito. E caindo assim, em sono profundo – na esperança de Tê-lo em seus sonhos sublimes.

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