sexta-feira, 1 de julho de 2011

Som, imagem e mar.

Corro pro mar. A beira do mar. Água gelada, batendo em meus pés. Fechos os olhos lentamente e sinto o frescor da brisa tocar meu corpo sólido. Ali. Parada, sem ação de nada. Pensamentos voam longe – no horizonte da vida, reflexos do meu dia a dia vão surgindo em minha mente. O vento cada vez mais forte se chocando em mim. Arrepio. Ouço uma música tocar em meus ouvidos – tenho a sensação de ser algo parecido como Chopin ou Mozart. E isso vai me tranqüilizando, onde consigo viajar em meus pensamentos. Abro os olhos e consigo enxergar uma imensidão: O mar. Água um pouco esverdeada (com mistura de areia) mais além centralmente, tão azulada. Onde ás vezes forte e ás vezes fraco batem em minha face. E mais uma vez tento refletir sobre algumas coisas. Sento-me na areia molhada (fria como a água). Entrelaço meus braços em torno de minhas pernas e mais uma vez miro o horizonte. Esvaziando minha cabeça. Fecho logo os olhos. Sorrio sozinha ao sentir levemente a brisa em minha face. E surge dentro de mim, uma solidão (falta algo ali pra me completar). Olho rapidamente pra um dos meus lados e sinto ausência de sua presença. E sem “porquês” me pergunto cadê você? – encosto minha cabeça no meio de meus braços, olhando a areia. Sinto algo me tocar (mas você não esta aqui comigo), algo parecido com uma mão me acariciando, pegando em algumas mechas dos meus cabelos. Fecho os meus olhos fortemente. Uma ou duas lágrimas rolam pelo meu rosto (suspiro intensamente). Então exclamo em tom um pouco baixo, voz um pouco rouca: – porque me deixas assim tão confusa? Sinto sua presença mesmo estando tão longe de mim! Levanto rapidamente minha cabeça em direção ao seu sentido. E concluo, não é você. É apenas a minha saudade, que te chama para perto de mim. Aqui, olhando em sua direção inexistente. Como testemunha o mar, o vento, a brisa e todo o universo – Aonde quer que eu vá, levarei você no olhar! Levanto com um pouco de dificuldade. Pouco a pouco dando os primeiros passos (como um bebê aprendendo a andar) vou deixando aquele lugar. E seguindo meu destino. Com uma de minhas mãos estendida, com a esperança de sentir a tua junto com a minha. E assim, a esperança, de tê-lo ao meu lado.

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