sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que fazer então?


Fim de noite. Dia banal (mais um dia meramente normal como todos os outros), quinta, sexta-feira. Eu não estava nos meus melhores dias, e ainda não me encontro. E posso dizer que esta se tornando freqüente. Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente. Dominante do meu eu. Minha cabeça parece um buraco negro – não consigo mais encontrar nada dentro dela. Tenho medo de um dia esquecer o significado do – amor. Mas ai vem ás projeções: e amanhã, e depois? Ainda vou estar assim? Típico pensamento-nada-a-ver. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando. Pausei em suspiros. Relaxei. Então debrucei a cabeça sobre a mesa como se chorasse. Apenas como. Não havia por que pra tudo aquilo (ou houvesse, eu não sei). Estava meio corpo flutuante, não conseguia me encontrar dentro de mim. Fiquei ali parada. Olhos bem fechados, apertando aos poucos. Até que então, senti a dor do meu peito – parecia mais algo gritando dentro de mim (o coração doía sintonizado com o espinho), algo tão agonizante. Suspirei forte, mas ainda continuava a dor. Então disfarçadamente comecei a chorar. Não entendia o porquê, mais eu estava. Aquilo dentro de mim estava me agoniando.  Parei por um momento – enxuguei meus olhos então parei mais vez e fiquei a me perguntar o porquê daquilo tudo? Porque, eu estava me sentindo daquela forma. Então olhei pros meus dois lados e não encontrei ninguém, então comecei a entender um pouco daquilo tudo. Entretanto, olhei para a minha frente e consegui avistar um livro médio em cima da cabeceira, olhei-o fixamente e percebi então que se tratava de uma bíblia, e logo mais próximo na minha cama encontrava-se o meu terço. E logo então percebi que não estava sozinha – mas porque eu me sentia assim? Nem isso eu mesma sei responder. Eu to assim meia em transe. Não sei bem o que quero, o que eu devo fazer. E isso me deixa mal. Até dias atrás eu sabia o que eu queria, o que eu ia investir; mas agora eu to tão perdida. Algo vem esmagando meu coração, e não sei o que é (ou saiba, só não quero enxergar). Estou com aquela sensação de coração partido, e quando estou assim me prendo em “meu mundo” e só saiu dele quando eu não me sinto mais tão ameaçada. Abaixei novamente a cabeça. Com as duas mãos nos cabelos – então novamente fechei os olhos, suspirei forte. Não conseguia me consolar. Então comecei a pensar em coisas boas (coisas as quais sempre me fazem sorrir), tentativa inútil. Muitas coisas passam pela minha cabeça, tudo muito embaraçado – ora vejo imagens, ora escuto palavras, outrora uma escuridão sem fim. Isso me perturba – me agita, fico inquieta, cansada. Estou tão perdida e não tem ninguém para me acudir...

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