sexta-feira, 1 de julho de 2011

O ato do amor



O ato de amor - essa límpida abstração que é duramente cristalina. Cristalina como a água que pinga dos poros das rochas, como se fossem choro respingado em gotículas. A atração entre dois corpos, glória estranha de corpo faiscante no ar, matéria sensibilizada pelo arrepio dos instantes. Prazer irresistível. Troca de palavras quase indispensáveis. No amor o instante impessoal. Sensação incógnita do instante, vibrante no ar. Olhar penetrante, mirando a um só caminho, o caminho que abre as portas da vida, a um só semblante. Dividindo milhares de vezes quanto os instantes que decorrem, em quase um só segundo parece perder o ar, os sentidos. Palavra de tantas traduções, mas de apenas um sentindo. E atualmente tão desmoralizada.

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