quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uma bebida de botequim


São exatamente 23:40 horas, a noite começara a adormecer. E eu, ainda perambulava pela noite sem destino, queria ir o mais longe possível – minha cabeça rodava, meus olhos ardiam, meu coração sangrava, tudo estava embaraçado – algo que eu realmente não queria que acontecesse, passou pelos meus ouvidos, nada vi, mais escutei. Isso me deixou extremamente balançada, algumas coisas começaram a fazer sentindo outras não. Eu só queria naquele momento, ir em direção ao vento, sem rumo, e se possível não mais voltar por aquele caminho. As palavras gritavam em meus ouvidos, as palavras eram manuscritas em meus pensamentos, em letras legíveis, com propósito de eu não esquecer. Então, segui em direção do vento, hoje ele que me levaria onde ele quisesse. Em meio a passadas sem destino, parei em frente a um boteco, sentei-me a primeira mesa que vi a minha frente. Pedi ao garçom a bebida mais forte, uma somente, a única quente e forte para consegui digerir tudo o que me engasgava. Bebi de um gole só. Parei por uns instantes, e senti meu coração chorar, senti meu eu todo derramar lágrimas. Eu realmente não estava bem. Meus pensamentos me dominavam, denunciavam, me recriminava, me alertava. Porém, meu coração apenas... Chorava. E, as palavras continuavam, a martelar: “eu o vi, estava conversando com outra. Não parecia ter muita intimidade, mas, estavam apenas os dois.” Todos me recriminam por está assim, todos vão me apontar o dedo, dizer que estou exagerando; mas, estou me sentindo assim. Eu sinto; tudo está se perdendo, e eu? Me perdendo também. Baixei a cabeça, debruçando sobre um dos meus braços, deitando-os na mesa. Como todo boteco, começo a prestar atenção à música que toca. Som ambiente. E ali fiquei em meio a um transe. Ouço á música que embalou meu momento contigo. A saudade começa então invadir-me alma á dentro. Cabeça esvazia-se. Lágrimas rolando uma a uma pelo meu rosto. De mãos atadas, sobre meu destino...

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