quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A distância


Revivo tudo outra vez, a ausência faz-me mergulhar em um mundo sem destino, um caminho sem curvas, apenas uma linha reta sem muitas escolhas. O sol em um laranja árduo, ilumina os meus passos, mais não consegue chegar ao meu coração – que desde que você partiu, não tem conseguido mais olhar para o brilho reluzente do sol. A vida tem passado pelos meus olhos, mais eu não tenho conseguido enxergar muita coisa, acho que tenho enxergado apenas o necessário para não cegar totalmente. Levo você no meu pensamento, tenho pensado em você, tão constantemente, muito mais e intenso do que antes, estou revivendo a distância entre nós – o tempo caminha ao meu lado angustiadamente lento, silencioso – que não consigo ouvir quase ruído algum, apenas minhas passadas, serenas. Um pouco de assobio da brisa passa pelos meus tímpanos, mais ele não consegue, nem ao menos, me dizer onde estás... O crepúsculo toma conta de todo o céu, uma mistura de cores fortes, o vermelho toma conta de meus olhos, sinto um aperto dentro do meu coração, minha expressão facial logo muda – meus olhos lacrimejam, a noite virou um tipo de tormento, e tudo que resta em mim, consumindo-me é a saudade...

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