quarta-feira, 23 de julho de 2014

O início

Amanheceu o dia frio, e a vontade de passar o dia na cama é grande - desço devagar o cobertor e vejo um pouco de raio de sol sair pelas cortinas, céu nebuloso. O despertador ainda não tocou, resta-me alguns minutinhos. Para a minha frustação.. (soar do despertador).
Levanto-me na esperança que a chuva não deixe-me sair. -minutos depois- Para minha frustação, o dia está apenas preguiçoso. Decidi sair a pé mesmo. Sentir um pouco do amanhecer transpassar minha pele. Hoje o dia não será fácil, todos de férias, viajando e eu tendo que estudar, por vontade dos meus pais, insistem que eu vá.. Além dessa pacata cidade não ter nada -suspiros-.
Tenho me sentido um patinho fora d'água. Não conheço quase ninguém aqui, sinto falta da minha velha cidade, não é muito diferente dessa, mas pelo menos tinha meus velhos e adoráveis amigos. Que nesse exato momento, devem estar curtindo o parque que todo começo de férias, da o ar da graça por lá. Bom, enquanto vivo nesta cidadezinha, terei que me acostumar com o sussurrar do nada.
-Na escola- e para piorar, as pessoas insistem em me olhar, sou a nova atração do momento, e isso é um saco. -arrgg- espero que esse ano passe e que eu possa viajar no final do ano. E ir para minha adorável cidade, rever meus queridos amigos. Mas enquanto esse dia não chega, prefiro sentar um pouco atrás na sala, assim evito que tantas pessoas me olhem. Isso me deixa ridiculamente envergonhada. -poucos minutos depois no intervalo-.
Como já relatei, prefiro me distanciar dos olhares até no recreio. Mas algo está diferente hj, sabe aquela sensação de que tem alguém te olhando direto? -levanta a cabeça e olha para frente-. _Céus! (Suspirou baixo) - baixou a cabeça rápido. Ele é tão, tão... -olha novamente e baixa a cabeça rápido-. Qual é a dele e porque está com esse sorriso de lado?! Será que está rindo de mim?! Era só o que me faltava.. mas ele é tão, tão... lindo!
-levantou a cabeça e o encarou-, ele está me deixando sem graça, não tira os olhos de mim (pensamentos). -olhou de um lado para o outro, voltou a encara-lo-. Ele levantou-se e foi ao seu encontro e deiu-lhe um papel em suas mãos, com aquele riso torto no rosto; deixando-me sem reação.
O vi sair e se perder no meio de alguns alunos. Abri rapidamente aquele pequeno papel. Admirei-me ao ler o que tinha escrito. Sorrir em seguida, voltando a olhar se ainda o via. Mas ele já não estava. (Suspiro)

O bilhete: "tão admirável e tão vergonhada. É bom fazer amizades sabia? Rsrs. R.M, prazer!

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