sábado, 19 de julho de 2014

Anoite em companhia

Noite está calada, um silêncio insano, tempo frio, cadeira gélida a meia luz na varanda; só me resta semtar e navegar nesse murmúrio. Encolho-me e fico a observar o céu - como imaginei, não há vestígios de estrelas para iluminar a alma, apenas o céu estar a combinar com a noite. Nem ao menos sereno estar, as nuvens o cobrem quase por completo, está tão sombrio. Fecho os olhos e fico apenas a sentir, toda essa solidão. Depois de algumas decepções, nosso corpo e coração, fica um pouco desencorajado. Não sinto-me triste, tampouco desacreditada, apenas vazia.
Algo me deixou fortemente calada, e esse momento nao há cantor melhor, onde eu possa estar do que, fazer companhia a essa noite. Depois de tantos reveses, entro em silêncio com meus próprios pensamentos. O futuro é uma incógnita, hora tudo parece "perfeito", outrora, um "avalanche". Mas, pouco a pouco as coisas se dissipam, e o coração enobrece. Porém, por enquanto, fico-me aqui, encolhida no meu canto sentindo o sereno da quase madrugada - o frio não irá diminuir, e juntamente a ele, outra companhia ilustre, a mãe lua; que hoje ilumina sozinha a noite, em meio a tantas nuvens. Trazendo-me a sensação se que... mesmo meio de tantas nuvens consigo enxerga-la. E logo, em algum momento, serei a luz no céu onde alguém, virá a me escolher - serei a recompensa de alguém, como a mesma se tornou para mim hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
;