Fico a indagar, em
meio ao silêncio. A gôndola soa meia noite, os olhos logo começam a pesar, mas
o corpo pede descanso, porém, a mente, continua insana. Os pensamentos
alvoroçados. E você é o sentido de tudo. À noite me trás pensamentos insanos,
fecho os olhos e consigo sentir você perto de mim, o cheiro, o toque tudo tão surreal.
Meus olhos tendem a querer lacrimejar, sua ausência me causa esse tipo de dano,
e começo a sonhar – imaginar você comigo, não só quando realmente estamos
juntos, no curto prazo que temos, e sim, nos momentos proibidos. E a melhor
forma de ter-te é assim, nos meus mais singelos e insanos pensamentos. Toa-se
meio perturbador, mas acredite, não é. É algo que toda noite, ao deitar a
cabeça no travesseiro, venho a imaginar. Você está sempre em minha mente, posso
sentir o toque da sua mão em minha pele, onde causa-me arrepios. Consigo sentir
seus lábios nos meus, basta fechar-me os olhos, como nesse exato momento ao
escrever esses versos. Pedir sua presença agora, seria demais? Será muito
egoísmo de minha parte? Onde você está agora, está muito distante de mim, e
sinto-me sozinha, triste. Meu riso é contente apenas ao te ver, não consigo
mirar meu olhar, a não ser de encontro ao seu. Escrevo-te agora, na esperança
que nesse exato momento a cada palavra que eu venha a escrever, recorra no seu
pensamento somente a minha imagem – sou sincera ao dizer, leva tudo de mim,
pois eu não sou boa, sem você. Porque sem você meu bem, não posso continuar. E que
faça-se pleno o meu pedido, nesse súbito silêncio da noite.
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